15/02/14

Os seios da Miquelina


Morangos 
que à minha boca 
apetecem 
nela saltam
e a adoçam


Morangos que
nas minhas mãos 
latejam 
saltam e
depois adormecem


Morangos
fonte da minha sede 
ânforas onde bebo 
o mel e o vinho 
com que alimento o fogo 
incendiando o mar


Morangos 
cujo sumo bebo 
insaciável 
até à lia


(poema que subrepticiamente o escriba publica sem consentimento do autor)

Sem comentários: