POEMA DE BOAS VINDAS
Para a Myríam
Sê bem vinda a este mar em tormenta
Que o Lince te guíe o passo
E a águia andina o fulgor do olhar
Conhecerás o amor e o ódio
A bonança e a tormenta
Por vezes dirás mal do vento e do relâmpago
E quererás deter o andar do tempo
Lembra-te então do sol
E da constelação do sangue do sonho
A que volta todas as manhãs
Beijando os lábios da brisa
Diante do altar do vento
Farás uma prece ao esplendor dos pinheiros
Vê como arde a noite
Cheirando a resina
Paris, 5 de julho 2001
António Barbosa Topa
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POEMA DE BOAS VINDAS
Para o Rafael
Serás relâmpago e trovão
Anunciando a doce chuva de Agosto
Sê sempre recto e justo
Sem nunca te desviares
Do caminho que leva até à verdade
Encontrarás quem queira amansar
o que em tí há de maís puro
Querendo desviarte desse caminho
Resiste aos encantos da mentira
caminhando pelo teu próprio pé
e sem nunca baixares o olhar
Há olhos que incendeiam searas
os teus incendiarão o futuro
Paris, 24 de julho 2003
António Barbosa Topa
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