28/03/14

Para o Luís Marques


Deitar para trás das costas
o peso das palavras e das lágrimas

Desaprender a falar

Nomear a bruma e o sonho 
em silêncio

Ousar olhar o mar intensamente 
até que os olhos doam

Esperar que a lua se espreguice
na linha do horizonte
e se acoite na boca do delírio

Morrer então abraçado ao sol



para o Luis Marques

Sem comentários: