Devagar
como o
fogo e a água
por
dentro da noite
deitar-me
numa lágrima
até ser
rio
vestir-me
de azul
e bruma
ser asa
Quando a
noite
for água e fogo
tirar a
gravata
espetar
o sono
nos
cornos do tédio
respirar
Devagar
num só instante
como a águia
em voo picado
penetrar no azul
do
fogo da água
Devagar
pela noite dentro
até ser
vento
Antonio
Barbosa Topa
Paris,
05.04.2001
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